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Anônimx, 21 anos

Já tinham me falado sobre um lugar bem bonitinho chamado “comunamar” onde se fazem feiras, círculo de mulheres, aulas de yoga, entre outras atividades… Me chamou a atenção que tudo fosse de mulher, mas em minha inocência eu fui lá conhecer o famoso lugar que todos falavam muito.

Eu cheguei procurando um espaço para minhas aulas e conheci o dono deste espaço, um homem que chamavam de Mucuxi, pelo menos foi assim que me apresentaram a ele. Então ele começou a falar para mim sobre as muitas atividades do lugar, que em sua maioria eram feitas por mulheres, sempre mulheres.. então que aconteceu.. eu perguntei prá ele se existia a possibilidade de dar aulas lá.. ele me falou assim  “que linda, claro que sim” aí depois ele me ofereceu massagens.

A princípio eu tava com vergonha, eu falei “não, tenho que ir embora” eu fui lá procurar um espaço para aulas, não fui procurar massagens, mas ele insistiu, porque este jeito de pessoa é bem inteligente, sabe como convencer e a quem falar, em sua maioria mulheres novinhas ou que parecem isso, e inocentes.

Eu depois deixei que ele fizesse massagem en mim. E aqui esclareço, eu sei que eu falei que sim, mas uma massagem é uma massagem, agora se você dá outro tipo de massagem, aí é muito importante falar para a pessoa que tipo de massagem é, o que você vai fazer no corpo da pessoa, claramente, se seu trabalho é massageador profissional.

Então sigo em meu depoimento… quando falei que sim para Macuxi, ele començou sua famosa massagem, a princípio tudo bem. A massagem tava sendo só nas costas.. aí eu meio que comecei a relaxar-me e neste momento ele sobe e fica sentado sobre mim. Me sentindo muito vulnerável como mulher, eu não sabia como reagir, aí eu fiquei bem desconfortável, mas eu estava bloqueada. Ele começou a tocar minha bunda.. aí eu fiquei muito nervosa. Primeiro porque só o feito de que eu tava sozinha com um homem abusando de seu poder, para mim era uma situação que em causou muito medo e a maioria das mulheres em situações desse jeito ficamos muito vulneráveis, sem muito o que fazer, e não é uma coisa de falar “você deixou que ele fizesse massagem em você” ou “porque você não fez nada no primeiro momento?” porque simplesmente é um abuso de poder que outra pessoa usa em você. Eu estava impactada, meu corpo congelou.

Momentos antes dele tocar minha bunda, estava fazendo massagem com un vibrador eletrônico e depois me tocou com ele também. Ele me falou “vou usar um massageador” eu só percebi que era um vibrador quando eu fui embora. Aí ele falava no meu ouvido “tranquila, respira” enquanto tirou sua camisa ficando em cima de mim, e ficando excitado.

Aí entram no quarto umas crianças, que nos olham e perguntam prá ele “o que tá fazendo?” ele responde “uma massagem, querem ver?” As crianças não falam nada e ele fala de novo “vão jogar” e eles vão embora porque paralelamente tava acontecendo uma feira de domingo que ele faz. Depois disso, ele me virou e aí teve perto de tocar minha vagina, nesse momento eu criei força em mim mesma e acordei daquele estado onde tava paralizada e falei para ele que ia embora. Arrumei minhas coisas e ele perversamente pergunta para mim sim “tá tudo bem? Aconteceu alguma coisa?” Eu saí quase correndo de lá.. e a coisa é a seguinte.. ele tem um jeito de mostrar-se muito gentil, muito pacífico, aberto de mente, que tem um lugar onde fazem yoga, círculo de mulheres, que ajuda as pessoas, que oferece sua casa para você ficar mesmo sem conhecer. Ou seja, estamos falando de um cara que perversamente desde sua “gentileza” abusa de você, que se excita com as mulheres – porque eu não sou a primeira que fala que sua massagem são esquisitas, já são muitas mulheres que foram indevidamente tocadas por ele.

Independentemente se você aceita massagens ou não.. essa não é razão para que um cara toque suas partes íntimas, não é razão! E por último se a massagem vai significar tocar sua bunda, alguém profissional informaria antes de fazer. Mas volto a falar não é razão para que um cara abuse de você só porque você deixou que ele fizesse massagem em você!

Anônimo, 21 anos.